Combate eletrizante, eventos históricos e um mundo aberto. Rise of the Ronin é o mais recente esforço da Team Ninja, uma das minhas produto...
Combate eletrizante, eventos históricos e um mundo aberto.
Rise of the Ronin é o mais recente esforço da Team Ninja, uma das minhas produtoras preferidas e que acompanho há muito tempo. Desde os primeiros jogos na série Dead or Alive (comprei a primeira Xbox com Dead or Alive 3 e comprei a Xbox 360 com Dead or Alive 4, por exemplo), depois com a chegada da trilogia Ninja Gaiden, aprendi a gostar da ferocidade do gameplay Team Ninja e até à data permanece algo que me entusiasma sempre que anunciam um novo jogo.
Após os jogos Nioh e Wo Long: Fallen Dynasty, a produtora que faz parte da Koei Tecmo aliou-se novamente à Sony Interactive Entertainment para transportar para mundo aberto o seu violento e eletrizante combate, mas o que torna tudo realmente especial é a aposta no retratar de uma época de forte importância para a história do Japão. Os jogos Nioh mostraram uma forte aposta na história japonesa como pano de fundo, mas Rise of the Ronin remove o elemento sobrenatural e aposta com ainda maior ênfase nas figuras históricas.
Esta maior ambição na narrativa, acompanhada pelo design aberto, deixa a sensação que a Team Ninja está claramente a tentar conquistar uma maior audiência, dando continuidade ao trabalho que conseguiu fazer com os jogos Nioh. Estes dois títulos, apesar de permanecer algo de nicho, deram a conhecer o ADN Team Ninja a milhões de novos jogadores e a produtora parece interessada em continuar esse trabalho.
Com Nioh, Stranger of Paradise, Ultimate Marvel Alliance 3 e Wo Long, a Team Ninja mostrou que adora arriscar
Ainda não posso falar em pleno sobre Rise of the Ronin além daquilo que já falei anteriormente, mas antes de apresentar a review, dou por mim novamente a sentir um enorme entusiasmo com o trabalho desta produtora japonesa, tal como senti quando Nioh ficou finalmente disponível, quando Dead or Alive regressa e como certamente ficaria se anunciasse o regresso de Ninja Gaiden.
A eletricidade que pauta o visceral e desafiante combate da Team Ninja é algo que considero irresistível e agradeço de todo o coração o potencial que jogos como Rise of the Ronin têm para despertar aquela euforia que sentimos a cada novo lançamento de uma casa cuja pedigree já conhecemos, respeitamos e adoramos.
Seja com as suas duas séries clássicas que já referi, nas parcerias como Marvel Ultimate Alliance 3, Hyrule Warriors e Stranger of Paradise, ou com o arriscar em novas propriedades intelectuais como Nioh e Wo Long, a Team Ninja tem um lugar especial no meu coração e ver que está a enfrentar um maior desafio, à procura de expandir os seus horizontes e ir além do que fez no passado, é um motivo que merece entusiasmo.
À semelhança de jogos como Ghost of Tsushima e Assassin’s Creed, a Team Ninja quer capturar aquela sensação de te transportar para um recreio histórico, no qual recria com autenticidade uma época específica, num delicado equilíbrio para gerir o empréstimo de elementos reais para imersão sem perder o foco da sua essência por ação intensa.
Para mim, que estou aqui a escrever e frequentemente a ler os comentários da comunidade, é encorajador quando vejo demonstrações de confiança no gameplay da Team Ninja nesta experiência em mundo aberto que é Rise of the Ronin, tal como aconteceu quando arriscaram com Nioh e Wo Long. Ronin é decididamente um filho da Team Ninja e talvez seja pelo mundo aberto ou pelo reduzir da dificuldade ao ajustar as principais mecânicas Soulslike, mas é quase impossível não sentir que o estúdio se está a posicionar para tentar expandir ainda mais a audiência.
Rise of the Ronin será incessantemente comparado a Ghost of Tsushima, mas sinto que o período histórico que retrata será ainda mais popular, a sua abordagem à história despertará conversas e até inclui o elemento cooperativo, do qual ainda não posso falar.
Rise of the Ronin deixa a sensação que a Team Ninja parte à conquista de um público maior.
Com isto quero, mais do que escrever uma carta de amor à Team Ninja (produtora na qual confio em pleno, algo que apenas me arrisco a dizer da Ryu Ga Gotoku e Capcom atualmente), transmitir esta sensação que ao jogar Rise of the Ronin fica a clara ideia que estamos perante um título que mostra um estúdio que finalmente revela maior ambição, que parece tentar capturar maior público, talvez aproximar-se ainda mais do mainstream, sem jamais sacrificar a sua identidade.
Rise of the Ronin exibe uma escala que até poderá fazer muitos pensar que se trata de um jogo ao nível do que é esperado do melhor da PlayStation Studios e talvez seja por isso que a Sony Interactive Entertainment o decidiu apoiar. Talvez seja o oposto, talvez a SIE tenha ajudado a Team Ninja a afinar Rise of the Ronin para se afastar do masocore e se aproximar do mainstream, mas há algo aqui que merece, pelo menos, a nossa curiosidade.
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